
Coronel José Mário – Infelizmente, passamos quase duas décadas de desconstrução da segurança e relativização da ordem pública no Estado, e o atual governo, ao chegar, manteve as mesmas variáveis que travam o efetivo combate e prevenção de crimes. Assim, não à toa, somos o Estado mais violento do Nordeste e um dos três mais perigosos do Brasil, à frente da Bahia, por exemplo, que é maior e mais populoso.
Mas, diante de tantos problemas sem solução, como mudar isso⁉️
Simples: NÃO REPETINDO aquilo que nos levou ao atual estado de coisas!
Portanto, devemos identificar (todos já sabem o quê!) os principais “gargalos” na prevenção e quais instituições precisam receber correções…
Os gargalos são, sim:
– A impunidade, que hoje persiste muito em razão de criminosos que não cumprem a pena;
– A PMPE não ter recebido apoio institucional para realizar suas atribuições a contento.
Pensando apenas nessas duas variáveis (teríamos muito mais), já poderíamos esperar uma redução de 40% a 60% em todos os crimes, e logo nos primeiros seis meses.
Um exemplo clássico foi a operação do BOPE em Porto de Galinhas, onde uma criança foi atingida por bala perdida. Na época, todos criminalizaram os policiais, mas, nesta semana, verificou-se que Porto de Galinhas era ponto central de uma facção que atua em vários Estados. O governo perdeu uma grande oportunidade de ficar ao lado da PMPE e não das narrativas – muitas delas promovidas pelos próprios criminosos.
Enfim, não vejo como avançar sem que tenhamos refeito o básico. E, infelizmente, o governo é extremamente mal assessorado e se cercou de gente sem experiência ou serviços “reais” prestados.
PS. Em resumo.