Reuters – A Defesa Civil informou neste sábado, 4, no último boletim do dia, 62 óbitos confirmados e 74 desaparecidos. Destes, sete estão em investigação sobre possível relação com as chuvas.
As mortes investigadas são nos municípios de: Caxias do Sul (1); Pinhal Grande (1); Santa Cruz do Sul (1); Santa Maria (1); e Três Coroas (3).
Óbitos confirmados: 55
Bento Gonçalves (3), Boa Vista do Sul (2), Bom Princípio (1), Canela (2), Caxias do Sul (4), Encantado (1), Farroupilha (1), Forquetinha (2), Gramado (6), Itaara (1), Lajeado (1), Montenegro (1), Pantano Grande (1), Paverama (2), Pinhal Grande (1), Putinga (1), Salvador do Sul (2)
Santa Cruz do Sul (3), Santa Maria (6), São João do Polêsine (1)
São Vendelino (2), Segredo (1), Serafina Corrêa (2), Taquara (2), Três Coroas (1), Vale do Sol (1), Venâncio Aires (3)
e Vera Cruz (1).
De acordo com dados da Defesa Civil estadual divulgados neste sábado, 317 municípios foram afetados pela tragédia — quase dois terços das 497 cidades do Estado. O desastre provocou cheias em rios, cortou o fornecimento de energia elétrica e os serviços de telefonia em vários pontos.
Algumas cidades estão completamente debaixo d’água e transformaram-se em verdadeiros rios, com diversas estradas e pontes destruídas.
O temporal também provocou deslizamentos de terra e o rompimento de parte da estrutura da barragem da usina de geração de energia 14 de Julho, na bacia do Rio Taquari-Antas, em Cotiporã, na Serra Gaúcha.
As autoridades também alertaram para o risco de rompimento de uma barragem da Represa de São Miguel, na cidade de Bento Gonçalves, e determinaram as saídas de pessoas que moram em áreas que podem ser afetadas.
Na capital Porto Alegre, a Defesa Civil alertou a população para a condição do Rio Guaíba, que recebeu expressivos volumes em razão das fortes chuvas e ultrapassou sua cota de inundação. Todos os acessos ao centro histórico da cidade foram bloqueados devido a alagamentos.
O governo gaúcho decretou estado de calamidade pública e a concessionária Fraport, que administra o aeroporto internacional de Porto Alegre, anunciou na noite de sexta a suspensão das operações de pouso e decolagem no local “devido ao elevado volume de chuvas que atingem o Rio Grande do Sul nos últimos dias, e para garantir a segurança de funcionários e passageiros”.