Ismael Alves – A Venezuela é há muito percebida como um país sob o regime ditatorial de Nicolás Maduro, que busca se perpetuar no poder. As eleições são amplamente consideradas ilegítimas, os direitos humanos são desrespeitados, os adversários políticos são presos de forma arbitrária e a pobreza persiste.
O país voltou ao centro das atenções com o aumento da tensão com os Estados Unidos, que acusa Maduro de chefiar o narcotráfico através do Cartel de los Soles e o rotula como líder de uma organização de narcoterrorismo. No dia 7 deste mês, a Justiça dos EUA elevou a recompensa por informações que levem à sua captura para US$ 50 milhões.
Em reação, os Estados Unidos posicionaram três destróieres Aegis no Caribe, próximos à costa venezuelana, como parte de sua estratégia contra cartéis de drogas. Paralelamente, em resposta à crescente pressão externa, Maduro anunciou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos, inclusive camponeses e trabalhadores, ordenando-lhes defender o regime e a soberania “com suas vidas”.
No âmbito regional, Maduro intensificou sua reivindicação sobre a região de Essequibo, território disputado com a Guiana, rica em petróleo. O conflito se agrava e recebe atenção internacional, incluindo escaramuças fronteiriças e pressões diplomáticas dos EUA em apoio a Georgetown.