Ismael Alves – Se por um lado o povo brasileiro sofre com o peso da carga tributária, boa parte destinada para manter o Congresso Nacional – na iminência de ficar mais caro com a ampliação do número de deputados federais de 513 para 531 -, por outro há o fardo de sustentar um dos Judiciários mais caros do mundo, peso agravado pelo combo que inclui a percepção de injustiça.
Somente em 2023, o Judiciário brasileiro consumiu R$ 156,6 bilhões, o equivalente a 1,3 % do PIB, o segundo maior percentual entre 50 países analisados pelo Tesouro Nacional — ficando atrás apenas de El Salvador. Isso representa cerca de R$ 735 por brasileiro, estimando 213 milhões de habitantes.
Em comparação com a Europa, onde o gasto judicial varia entre 0,3–0,4 % do PIB, esse custo no Brasil é aproximadamente 3 a 4 vezes maior .
O principal peso do orçamento judiciário está nos gastos com pessoal, que inclui juízes, servidores, aposentados e benefícios extras — que consomem cerca de 90 % do total, correspondendo a aproximadamente 1,17 % do PIB.
Os dados, apontados pelo Poder360 com base em relatórios do Tesouro Nacional, mostram que o Judiciário brasileiro custa caro para o povo, que também sente na pele a percepção de ineficiência no serviço prestado. Como já dizia minha avó: depois da queda, o coice. Vale salientar que isso se aplica a todas as pessoas, independentemente de sua ideologia.