Ismael Alves – O caso envolvendo a tentativa de feminicídio registrada no último sábado contra Juliana Garcia, dentro do elevador de um condomínio de alto padrão em Natal (RN), e tendo como autor o ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos, causou revolta nacional pela brutalidade das agressões. As imagens do circuito interno mostraram Juliana sendo espancada com mais de 60 socos no rosto, sem chance de defesa.
Delicada e acuada diante de uma verdadeira montanha de músculos movida pela covardia, Juliana não teve outra alternativa senão esperar o agressor cansar de bater. O resultado foi um rosto com múltiplas fraturas, incluindo no maxilar, exigindo cirurgia de reconstrução facial. Uma vaquinha virtual foi criada para ajudar nos custos do tratamento.
Igor, preso em flagrante, teve a defesa ancorada na alegação de claustrofobia, além de uma suposta traição que não foi provada [ e que jamais justificaria tal barbárie]. Os argumentos são considerados absurdos diante da violência cometida. O caso evidencia mais um capítulo cruel da violência de gênero no Brasil.
Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em média, uma mulher é vítima de feminicídio a cada 6 horas no Brasil. Em 2023, foram registrados mais de 245 mil casos de lesão corporal dolosa envolvendo violência doméstica contra mulheres.