
Ismael Alves – A Câmara Municipal de Gravatá extrapolou, pelo quarto ano consecutivo, o limite constitucional de 70% da receita destinada a despesas com pessoal. Os dados constam nos Relatórios de Gestão Fiscal disponíveis no Portal da Transparência.
Em 2021, 85,51% da receita, duodécimo enviado mensalmente pelo Poder Executivo para a manutenção do Legislativo, ficou comprometido com folha de pagamento.
Em 2022, uma ligeira redução foi registrada, mas o custo com pessoal atingiu expressivos 83,86%.
No ano seguinte, em 2023, o percentual foi marcado por uma queda acentuada, quando 70,38% foi comprimento com pessoal.
Já no ano de 2024, o custo com folha de pagamento comprometeu 76,48% da receita, ultrapassando pela quarta vez consecutiva o parâmetro legal.
O desrespeito ao limite de gastos acende o alerta de órgãos de controle, a exemplo do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPC-PE). A Câmara de Gravatá é presidida pelo vereador Léo do Ar (PP) desde 2017.