Ismael Alves – O prefeito do Recife, João Campos (PSB), enfrenta dias turbulentos com a paralisação dos professores da rede pública municipal, que entraram em greve após recusarem a proposta de reajuste salarial de apenas 1,5% apresentada pela prefeitura. A categoria reivindica o cumprimento integral do Piso Nacional do Magistério, que prevê um aumento de 6,27%.
Nesta segunda-feira (12), os educadores realizaram um protesto simbólico no coração da cidade. Com uma projeção luminosa em um edifício na Avenida Conde da Boa Vista, um dos principais corredores de transporte público da capital, professores exibiram frases como “A educação do Recife está em greve! João Campos, a culpa é sua”, responsabilizando diretamente o gestor pela deflagração da greve.
A mobilização também incluiu a distribuição de panfletos e conversas com a população que circulava pelo local, destacando a precariedade das condições de trabalho nas escolas e a ausência de valorização profissional. “Sem reajuste, sem respeito, sem condições dignas. Estamos nas ruas porque a sala de aula ficou insustentável”, afirmou uma das coordenadoras do movimento.
As manifestações continuam ao longo da semana. Nesta terça-feira (13), os professores prometem ocupar a Câmara Municipal em busca de apoio político à sua pauta. Já na quarta-feira (14), uma nova assembleia será realizada no Pátio da Prefeitura para deliberar os rumos da greve.