Ismael Alves – Uma data que ficará marcada para sempre. A manhã desta quinta-feira (16) tornou-se uma das mais tristes da história de Chã Grande, município da Mata Sul de Pernambuco.
A cidade amanheceu em estado de choque com o brutal assassinato do delegado Josenildo Belarmino Moura Júnior, de apenas 33 anos. Ele foi morto na última terça-feira (14), vítima de latrocínio, atingido por quatro disparos de arma de fogo, em São Paulo, onde atuava há dois meses. O criminoso levou sua arma e celular, e os disparos fatais ocorreram quando o delegado já estava desarmado, em um ato de extrema covardia.
Conhecido pelos amigos de infância como Júnior Belarmino, o delegado era um símbolo de inspiração para jovens concurseiros, tendo alcançado a impressionante conquista de ser aprovado em três concursos para delegado de polícia civil – Pernambuco, Paraíba e São Paulo. Ele estava em vias de ser incorporado ao quadro da polícia civil de Pernambuco, tendo já concluído as etapas iniciais do pós-concurso.
Os sonhos e planos de Júnior foram tragicamente interrompidos. Além de sua promissora carreira, ele estava prestes a realizar outro grande desejo: casar e formar uma família. De acordo com uma testemunha do crime, suas últimas palavras foram um desabafo cheio de esperança e dor: mencionou que gostaria de ver os filhos que ainda não tinha e lamentou ser tão jovem para morrer.
A perda de Josenildo Belarmino Moura Júnior uniu a população de Chã Grande em um profundo luto coletivo. O cortejo fúnebre reuniu milhares de pessoas, tornando-se o maior já registrado no município. A tristeza estampava cada rosto e as lágrimas traduziam a dor de uma despedida tão precoce quanto injusta.
Com as ruas e avenidas lotadas, Chã Grande se despediu de um filho admirado, cravando na história o seu último adeus.
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