Ismael Alves – O município de Chã Grande, na Mata Sul de Pernambuco, vivencia um novo momento político. E, partir de janeiro de 2025, este novo momento se estenderá ao campo administrativo, independente do resultado que as urnas apresentarão nas eleições deste ano. Essa será a primeira vez desde 1996 que o eleitorado terá uma eleição sem que o ex-prefeito Daniel Alves (MDB) ou o atual prefeito Diogo Alexandre (Avante) estejam pleiteando o Executivo.
Figuras importantes no contexto político local, Daniel e Diogo, que foram aliados em 2004, quando Daniel apresentou, com êxito, Diogo como seu sucessor, se alternam no comando da prefeitura há quase 28 anos. Ao todo, Daniel soma três mandatos de prefeito, mas antes de chegar ao Executivo foi vereador e vice-prefeito de Jaci Moreira (in memoriam). Diogo está concluindo o seu quarto mandato como gestor municipal.
Nessas quase três décadas, tanto Daniel quanto Diogo acumulam, naturalmente, muitos erros ao longo das suas administrações. Contudo, são também os responsáveis por importantes conquistas que foram alcançadas pelo município ao decorrer dos seus respectivos mandatos, fazendo com que Chã Grande tivesse um desempenho nitidamente acima da média, especialmente quando comparado com municípios vizinhos do mesmo porte.
Este ano, Daniel e Diogo são apenas coadjuvantes nos campos de oposição e situação, respectivamente. Quem protagoniza a pré-disputa pela prefeitura é o engenheiro agrônomo Jorge Luis (PSB) no campo da oposição e o vice-prefeito Sandro Advogado (Avante) pela situação. Jorge, que também é empresário, exerce o terceiro mandato consecutivo como vereador. Sandro foi vereador de 2013 a 2016, e desde 2017 até o presente momento é o vice-prefeito de Diogo. Quem sair vitorioso da disputa será atestado pelas urnas como o mais novo líder majoritário de sucesso eleitoral em quase 30 anos.