EBC – Subiu para 75 o número de pessoas mortas pelas fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul (RS), de acordo com o último boletim da Defesa Civil divulgado às 12h (horário de Brasília) deste domingo (5). Outros seis óbitos ainda estão em investigação e 155 pessoas ficaram feridas. Há ainda 103 pessoas desaparecidas.


O número de óbitos superou a última catástrofe ambiental do estado, em setembro de 2023, quando 54 pessoas perderam a vida devido à passagem de um ciclone extratropical. As autoridades afirmam que este é o pior desastre climático da história gaúcha.
As chuvas também obrigaram 107,6 mil pessoas a abandonarem suas casas, entre 88 mil desalojados e 16,6 mil desabrigados. Ao todo, as chuvas já afetaram 780 mil pessoas no estado. Dos 497 municípios gaúchos, 334 passam por algum transtorno provocado pelas fortes chuvas, o que representa 67,2% das cidades do RS.
Ainda de acordo com o governo, mais de 420 mil pontos no estado seguem sem energia elétrica e 839 mil residências (27%) sem abastecimento de água.
As chuvas também provocam danos e alterações no tráfego nas rodovias estaduais gaúchas. Neste domingo (5), são registrados 113 trechos em 61 rodovias com bloqueios totais e parciais, entre estradas e pontes.
Devido à cheia do lago Guaíba, em Porto Alegre, a prefeitura da capital pediu para os moradores racionarem água diante da interrupção do funcionamento de quatro das seis estações de tratamento.
Diversas áreas de Porto Alegre foram inundadas após o lago Guaíba, que atravessa a cidade, ter ultrapassado a cota de inundação e superado, neste sábado (4), os cinco metros, maior nível já registrado.
Na noite de sábado, o governador Eduardo Leite, e os ministros Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social da Presidência) e Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) afirmaram que esforços conjuntos dos governos se concentram em resgatar o maior número possível de pessoas. Até ontem, mais de 10 mil resgates tinham sido realizados.