G1 – Um homem de 35 anos foi preso, no Recife, por estuprar a enteada, de 14 anos, desde que a vítima tinha 11 anos. Além disso, ele é investigado pelo abuso sexual da própria filha, de 13 anos. A prisão dele por estupro de vulnerável aconteceu no dia 8 de maio, mas o caso foi divulgado pela Polícia Civil apenas nesta quarta-feira (15).
A investigação começou a partir da denúncia da enteada, de acordo com a delegada Maria Eduarda Pessoa de Melo, titular da Delegacia de Crimes contra a Criança e Adolescente.
“Com essa enteada, ele chegou a praticar inicialmente atos libidinosos e, aos 12 anos, evoluiu para a prática da conjunção carnal, quando a menina teve a sua primeira relação sexual, infelizmente de forma violenta”, disse a delegada.
Ainda segundo Maria Eduarda, além das relações violentas, o padrasto ameaçava que, caso a enteada denunciasse os abusos, mataria a mãe e o irmão da vítima. Dessa forma, a menina permaneceu em silêncio até o momento em que o criminoso acusou outra pessoa de estuprá-la.
“Esses abusos aconteciam com violência e grave ameaça. […] Ela, já não aguentando mais tudo o que vinha passando, resolveu revelar os fatos, sobretudo […] depois de perceber que alguém estava sendo acusado injustamente por algo que não tinha cometido. E era alguém do convívio dessa adolescente. Ela tomou coragem e revelou o fato”, afirmou a delegada.
A enteada contou a polícia que era violentada quando a mãe se recolhia para dormir. Em depoimento, a mulher falou que percebeu uma mudança de comportamento do companheiro quando a filha estava iniciando a adolescência. Ele demonstrava ciúmes da garota e dava presentes, mas a mãe não suspeitou que a mudança tivesse alguma motivação libidinosa, de acordo com a delegada.
Após a denúncia da primeira vítima, a filha biológica do criminoso também procurou a delegacia para contar que tinha sido abusada sexualmente por ele. Segundo Maria Eduarda, esse caso ainda está em fase de investigação, enquanto o primeiro inquérito, sobre o crime contra a enteada, foi concluído e encaminhado à Justiça.
As investigações foram conduzidas pela Delegacia de Crimes contra a Criança e Adolescente com apoio do Núcleo de Inteligência. O mandado de prisão preventiva foi expedido pela 2ª Vara de Crimes contra Crianças e Adolescentes da Capital.