Ismael Alves – Não é de hoje que a saúde pública em Pernambuco sofre com superlotação, falta de insumos, filas por leitos de UTI pediátrica, situação que se repete ano após ano, entre tantos outros problemas antigos. Mas, de acordo com Raquel Lyra (PSD), que governa o Estado desde 2023, “o jogo virou…”: “A saúde de Pernambuco esteve abandonada por muito tempo, mas o jogo virou porque agora temos o selo Raquel Entrega.”
A declaração foi feita pela mandatária ao anunciar em suas redes sociais a conclusão das seguintes obras: instalação de um novo aparelho de ressonância magnética no Hospital da Restauração; instalação de dois elevadores no Hospital Barão de Lucena; reforma do piso da área de exames do Hospital Getúlio Vargas; requalificação da pediatria no Hospital Belarmino Correia; e mais de 6 000 atendimentos em apenas 45 dias pela Carreta da Mulher Pernambucana.
A fala de melhorias na saúde ocorre a cinco meses da chegada do ano eleitoral de 2026. Raquel Lyra tem usado esses investimentos e ações simbólicas para reforçar sua narrativa de eficiência, apostando no impacto político dessas entregas para fortalecer sua imagem de gestora antes da corrida à reeleição.
É torcer para que a população verdadeiramente possa ter um serviço de saúde que minimamente atenda às necessidades do cidadão, que é o pagador de todos os serviços públicos, e que valorize os profissionais [que são verdadeiros heróis] e lhes dê condições adequadas de trabalho. Afinal, não está sendo fácil para o povo.