CNN – O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) chamou a taxação de 50% anunciada por Donald Trump de “Tarifa-Moraes”, em uma referência ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).
Em uma nota pública assinada em conjunto com o jornalista Paulo Figueiredo, Eduardo diz que “o presidente Trump, corretamente, entendeu que Alexandre de Moraes só pode agir com o respaldo de um establishment político, empresarial e institucional que compactua com sua escalada autoritária”.
O parlamentar, que se coloca como deputado em exílio na assinatura, complementa dizendo que Trump entendeu que “esse establishment também precisa arcar com o custo desta aventura. Por isso, a partir de 1º de agosto, empresas brasileiras que desejarem acessar o maior mercado consumidor do planeta estarão sujeitas ao que se pode chamar de “Tarifa-Moraes”.
Na nota de duas páginas a que a CNN teve acesso, Eduardo afirma que, nos últimos meses, o grupo político que representa tem mantido intenso diálogo com autoridades do governo do governo Trump com o objetivo de apresentar, com precisão e documentos, a realidade que o Brasil vive hoje.
“A carta do presidente dos Estados Unidos apenas confirma o sucesso na transmissão daquilo que viemos apresentando com seriedade e responsabilidade”, diz o texto.
O parlamentar também classifica a carta do presidente Donald J. Trump ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que anuncia a tarifa, como “clara, direta e inequívoca” e diz que reflete denúncias da oposição bolsonarista sobre um afastamento do Brasil de dos valores e compromissos que com o “mundo livre”.
Eduardo cita ‘compromissos civilizatórios mínimos’: “respeito aos direitos humanos, ao devido processo legal, à liberdade de expressão, de imprensa e à realização de eleições transparentes, com ampla participação da oposição”, diz o texto.
O parlamentar também cita que houve uma revogação parcial do Marco Civil da Internet, em referência ao julgamento do Supremo Tribunal Federal que definiu novas regras de regulação das plataformas digitais no país. “Medida que inviabiliza o funcionamento regular das redes sociais americanas no Brasil. Um ataque direto à liberdade de expressão com consequências globais”, diz o texto.
O Brics, que recentemente fez sua reunião de cúpula no Brasil, também é citado. O parlamentar critica a expansão do grupo formado por países de mercado emergente.
“Enquanto isso, Lula aprofundou-se em uma sequência de desastres diplomáticos antiamericanos — com declarações raivosas suas, de ministros e até da primeira-dama, além de aproximações deliberadas com regimes autoritários como China e Irã. Ignorando os alertas da administração Trump, insistiu na expansão dos BRICS e chegou a criticar os EUA por neutralizarem o programa nuclear iraniano, uma ameaça global.
Eduardo afirma que cabe ao Congresso Nacional liderar reações e defende uma anistia ampla, geral e irrestrita, seguida de uma nova legislação que garanta a liberdade
de expressão — especialmente online — e a responsabilização dos agentes públicos que abusaram do poder.
O parlamentar afirma que “sem essas medidas urgentes, a situação tende a se agravar e que “restam três semanas para evitar um desastre”.
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