Ismael Alves – Em uma disputa acirrada nas eleições municipais de Caruaru, o prefeito Rodrigo Pinheiro (PSDB) e o ex-prefeito Zé Queiroz (PDT) protagonizam uma batalha voto a voto que preocupa os aliados da governadora Raquel Lyra (PSDB). Dados da pesquisa realizada pelo Instituto Ipespe, sob encomenda da Folha de Pernambuco, entre os dias 21 e 23 deste mês, com 500 questionários aplicados e registrada no Tribunal Regional Eleitoral sob o número PE-01739/2024 mostram um empate técnico entre Pinheiro e Queiroz.
Apesar de Pinheiro comandar a prefeitura desde 2022, quando Raquel renunciou para disputar o governo estadual, ele enfrenta dificuldades em abrir vantagem sobre Zé Queiroz, um veterano da política caruaruense, fora da prefeitura há quase oito anos. No entanto, outro dados preocupante para a governadora e seu aliado é o peso da influência de João Campos (PSB), prefeito do Recife e aliado de Queiroz, que se mostra mais relevante para o eleitorado de Caruaru do que a própria Raquel.
João Campos, que desponta como possível adversário de Raquel Lyra na corrida pelo governo de Pernambuco em 2026, tem usado sua força política para fortalecer a candidatura de Queiroz.
Segundo a pesquisa, o apoio de Raquel Lyra aumenta em 37% as chances de voto em um candidato. Já o apoio de João Campos amplia para 43% a chance de voto para um postulante em Caruaru, revelou o levantamento.
A pesquisa aponta Zé Queiroz com 39% das intenções de voto, contra 41% de Pinheiro no cenário estimulado, caracterizando empate técnico. A margem de erro é de 4,5 pontos percentuais.
Em um cenário onde Raquel foi eleita duas vezes como prefeita da cidade e mantém Rodrigo Pinheiro como seu sucessor, o empate na corrida eleitoral levanta dúvidas sobre o futuro político da governadora.
Se Pinheiro for derrotado por Zé Queiroz, mesmo com o apoio do Governo do Estado, isso pode significar um revés antecipado para Raquel Lyra nas eleições de 2026. A perda de sua base política na terra onde construiu sua carreira representaria uma fragilização de sua imagem, especialmente diante do crescimento de João Campos como figura política no estado.